Uma Pedra no Charco
Não posso deixar de congratular-me com a entrada no mercado de um CD chamado “ Prospecção ”, do grupo Canção de Coimbra.
O CD agora editado resulta da vitória alcançada no concurso Eduardo Betencourt, promovido no ano passado pela Câmara Municipal de Coimbra, e destinado a premiar o melhor conjunto de originais.
O concurso, louvável na sua aparência, foi originariamente um verdadeiro “ plágio ”e não me parece que cumpra, a médio prazo, os propósitos de dinamização da actividade criadora à volta da canção de Coimbra. Sobre isso escreverei noutra ocasião, porque as verdades têm que ser ditas.
O que me interessa aqui realçar é que, contrariando a recorrente estagnação produtiva, surgiu um conjunto de temas novos para degustação dos amantes da renovação da espécie. Goste-se ou não, as peças apresentadas, pela sua consistência poética e musical, são objectivamente uma pedrada no charco do panorama fadístico coimbrão e, ao provocar alguma ondulação, alimentam a crença de que o fado / canção de Coimbra não caminha inexoravelmente para a extinção.
Aníbal Moreira
O concurso, louvável na sua aparência, foi originariamente um verdadeiro “ plágio ”e não me parece que cumpra, a médio prazo, os propósitos de dinamização da actividade criadora à volta da canção de Coimbra. Sobre isso escreverei noutra ocasião, porque as verdades têm que ser ditas.
O que me interessa aqui realçar é que, contrariando a recorrente estagnação produtiva, surgiu um conjunto de temas novos para degustação dos amantes da renovação da espécie. Goste-se ou não, as peças apresentadas, pela sua consistência poética e musical, são objectivamente uma pedrada no charco do panorama fadístico coimbrão e, ao provocar alguma ondulação, alimentam a crença de que o fado / canção de Coimbra não caminha inexoravelmente para a extinção.
Aníbal Moreira