Fado de Coimbra

sexta-feira, outubro 15, 2004

Lufada de Ar Fresco

Nos tempos que correm são poucos os interpretes de canto da Canção/Fado de Coimbra. A evolução que se propagou em termos de ensino da guitarra e da viola faz com que actualmente estes dois instrumentos tenham valências suficientes para que se possa estar satisfeito com o resultado. Alguns dos exemplos acabados desta minha afirmação são jovens como Carlos Jesus, Ricardo Dias, Fernando Marques e Luis Oliveira, na guitarra, que explanam toda a sua virtuosidade, melodia e encanto, no doce dedilhar das cordas, produzindo elementos sonoros de uma beleza celestial e Paulo Larguesa na viola, exímio executante e que tantos nomes de relevo tem acompanhado.
No entanto a vertente do canto não foi acompanhada pelo mesmo progresso que as muitas escolas de guitarra e de viola têm produzido. À parte de também não haver quem o ensine, exceptuando a Secção de Fado da AAC e a escola da Associação Cultural "Coimbra Menina e Moça" , o problema prende-se também e essencialmente com a falta de jovens com vontade de aprender. A Canção/Fado de Coimbra não lhes toca...portanto não pega. Se o canto se tornar ponto de atracção algo poderá mudar.
Outro dos enigmas é a não participação das mulheres. Este é sem dúvida algo que, embora já discutido em inumeros colóquios, está a emprerrar a dimensão desta forma de canto. Porquê? Porque não mulheres a cantar Fado de Coimbra? Quem teve oportunidade de ouvir algumas das vozes femininas que estiveram na Grande Noite da Canção de Coimbra, no passado dia 10 de Julho, comprovou o quanto alguns estão redondamente equivocados, quiçá um pouco descontextualizados.
Os tempos são outros! A forma não pode ser sempre a mesma!

quinta-feira, outubro 14, 2004

Coimbra, Tem Mais Encanto...

terça-feira, outubro 12, 2004

Fado de Coimbra - Que Futuro?

Este é um espaço de livre expressão de ideias, vontades e sentimentos, sobre tudo o que envolve esta forma única de canto, esta arte que nos envolve e espreita perante a busca de novos interpretes, de novas letras, de uma nova musicalidade.
É pois um lugar onde se esperam as opiniões dos ídolos de outrora, dos contemporâneos, dos amantes, dos desgostosos, dos cépticos e, acima de tudo, dos que acreditam que é possível elevar o Fado de Coimbra ao lugar onde todos o possamos apreciar, discutir e comentar, mas também ver e ouvir.
O papel dos media é neste ponto de uma importância vital. Esta forma de expressão praticamente não é contemplada em nenhuma playlist das radios nacionais e, excepção se faça a alguns alinhamentos televisivos, nem um programa digno desse nome me lembro de ver num qualquer canal privado ou mesmo público.
Algo terá de ser feito. É hora de se unirem esforços e juntar valências com o objectivo de criar uma dimensão nacional e internacional para este tão conhecido e acarinhado modo de expressão.